In odium fidei.

By | 28 de julho de 2016

Estamos em guerra! Já não é possível ignorar o fato de que o Islã se prepara para varrer o cristianismo do mundo. Não com maior autoridade moral; não com superioridade teológica; não com uma apologética bela e efeiciente, capaz de convencer os corações; tampouco com mera ocupação de espaços, embora isso seja parte da invasão, talvez a etapa mais bem sucedida no ocidente, e que os garante esse amplo espaço de ação. Mas com sangue! O sangue derramado é o sangue dos mártires.

Existem basicamente dois critérios para o martírio. Não vou tratar de direito canônico aqui, apenas frisar que um dos critérios é objetivo, fácil de identificar, e referente ao motivo do crime. O outro é subjetivo porque é referente ao estado mental e espiritual da vítima, nem sempre possível de identificar no momento do crime.

Se um cristão é morto ‘in odium fidei‘, por ódio da sua fé, e ele estava pronto para morrer pela fé, ele é um mártir. Morrer ‘in odium fidei‘ é o único pressuposto realmente objetivo para o martírio cristão. Estar preparado para morrer pela fé é um critério subjetivo. No final das contas, apenas Deus pode saber realmente o que está no coração do cristão. Porém, no caso de quem está lutando pela fé, ou vivendo uma vida de sacrifício, como no caso do idoso padre francês Jacques Hamel, que aos 85 anos continuava celebrando os sacramentos e se dedicando aos fiéis e à Igreja, é claro que ele estava preparado para morrer pela fé! Não era necessário um ato dramático ou cinematográfico para provar isso. Seu sangue derramado é o sangue do martírio, sem dúvida!

Esse é o sangue que tem sido derramado pelo mundo. Desde os pobres mártires esquecidos pelo homem em terras muçulmanas, aos cristãos que agora já não podem se sentir seguros nem mesmo na Europa ou nas Américas. Morto por sua fé, o cristão tem que ser chamado de mártir, em sinal de respeito e em honra de sua entrega a Jesus Cristo até o fim.

A morte do padre francês Jacques Hamel, Mártir da Fé, que completaria 86 anos em novembro, é um ataque à Igreja Católica, ao Cristianismo, e à Civilização Judaico-Cristã. O Papa Francisco declarou, sem meias palavras, que nós estamos em guerra! Segundo ele, não é uma guerra religiosa. Em parte, ele tem razão. Apenas um lado está na batalha. Apenas os muçulmanos estão no ataque. O cristianismo não tem feito nada a não ser oferecer seus filhos em sacrifício para quem quer aniquilá-lo! Isso não é guerra, é um massacre! No final das contas, o cristianismo está numa guerra,  lutando ele ou não. O cristianismo é a base de sustentação da nossa civilização. Não é à toa que ele é atacado covardemente em todos os fronts. Destrua o cristianismo, e não sobra nada. Cai o cristianismo, caem os pilares civilizacionais que nos sustentam e nos deram tudo.

A grande ilusão do mundo ocidental é acreditar que o Islã é uma religião de paz. A tal “religião do amor”. Se o Islã é uma religião da paz, é a paz após a conquista dos infiéis, ou seja, nós que somos parte da civilização judaico-cristã. Depois que eles nos conquistarem, à força, eles certamente terão paz.

A diferença, no fundo, é teológica. O cristianismo é uma religião de amor, paz, louvor a Deus e ajuda ao próximo. A salvação em Cristo é para todos. A pessoa pode escolher não amar a Deus, mas isso não impede em nada a convivência pacífica com todos. Não há pressuposto bíblico ou teológico para a violência cristã. Qualquer ato de violência cristã é um abuso da Lei de Deus, não o cumprimento da mesma.

Por outro lado, o Islã demanda a dominação e a morte dos infiéis! Não há espaço no Alcorão para a convivência pacífica com quem não professa a fé islâmica. Não como entendemos no ocidente cristão e livre. No mundo islâmico, a conversão é a única forma de convivência. A única exceção é a submissão, chamada de “dhimmitude”. Dhimmi é o nome dado a qualquer não-muçulmano vivendo em uma comunidade islâmica. Significa “pessoa protegida”. Mas o nome é uma maneira cínica para descrever uma pessoa vivendo submetida às leis islâmicas, sem diversos direitos, pagando um imposto (Jizya) aos muçulmanos etc. Para o Islã, ou você se converte, ou vive a Dhimma. A terceira opção é a morte. Tirando essa última, conversão ou submissão são as únicas opções para a tal convivência pacífica sob o Islã.

Em sua missão sagrada, o muçulmano também tem a obrigação de mentir e tomar qualquer tipo de medida necessária para avançar a dominação dos infiéis. Os seguintes capítulos e versos do Alcorão explicados:

16,106: estabelece as circunstâncias em que o muçulmano deve mentir.

3,28: estabelece que o muçulmano só pode ter boa relação, ou mesmo amizade, com um infiel se for para benefício próprio, ou para se proteger até o momento de tomar o poder.

9,3: Alá não se responsabiliza pelos infiéis. Esse verso é geralmente interpretado pelos teólogos como o momento em que os ‘infiéis’ foram expulsos (ou mortos) de Meca mesmo tendo tido a promessa de convivência pacífica antes. Quer dizer, foi o momento em que os muçulmanos provaram que só pode existir uma trégua aparente, apenas até terem força para dominar os ‘infiéis’.

40,28: mais um exemplo de como esconder a sua fé, ou sua verdadeira missão. O muçulmano pode até se apresentar como homem de fé pacífico, mas, na realidade, isso é explicitamente uma ordem para dissimulação.

2,225: é uma passagem sobre casamento. Nela, o muçulmano pode mentir até para a sua esposa, desde que suas verdadeiras intenções sejam as prescritas pelo profeta. Alguns teólogos expandem esse verso para simbolizar a mentira em geral. Mas nem precisa! Se você pode casar e viver uma mentira para alcançar os objetivos do profeta, você pode mentir para qualquer um!

3,54: é uma curiosa passagem que diz que “os infiéis tramaram, e Alá tramou contra eles. Mas Alá é melhor em tramóias”. A palavra para tramóia é “makara” em Árabe, que é geralmente traduzida sozinha como “enganar”. Se Alá engana, como esperar que seus seguidores não o façam?

8,30: quase uma versão da passagem anterior, só que dessa vez fala de Alá sendo um planejador melhor que os infiéis. Ou seja, planejar, mentir e dominar na hora certa faz parte da teologia islâmica.

Essas ordens não só estão no Alcorão, como poucos exegetas se arriscam em contorcionismos mirabolantes para tentar justificar o injustificável.

O Islã é uma religião de dominação. Para alcançar seu objetivo principal, um califado mundial, não só é permitido, como é uma ordem a todos os muçulmanos: tramar, mentir e matar. Mas é pela dissimulação que eles conseguem uma imagem pública de religiosos pacifistas, vítimas de seus radicais e da intolerância do ocidente. Ajudados pelos liberais ocidentais que odeiam igualmente a própria civilização, o Islã vem se espalhando entre nós a passos largos e ações sangrentas. A reação ocidental tem sido ignorar os fatos e as vítimas, enquanto correm para proteger os assassinos e uma imagem falsa do Islã.

Se as religiões não estão diretamente em guerra, o mundo secular está. E é obrigação de todos proteger o cristianismo, as vítimas do Islã, e a civilização judaico-cristã. E é para já! Sob pena de perder tudo sem ao menos se defender.

A salvação cristã não é pela dominação. É através do amor de Cristo que somos redimidos e salvos. É a ação cristã no mundo que ainda pode mudá-lo. A ação que mostra o cristianismo vivo e que comprova a palavra. A fé sem obras é morta (Tg 2,14-26). Se queremos um mundo de paz e amor, que não seja uma utopia ou um slogan hippie, precisamos trabalhar firmes para isso. O trabalho é duplo: defender a civilização judaico-cristã e cultivar a nossa fé!

Nossa fé deve ser viva e vibrante. Ser capaz de ignorar a chacota ao mesmo tempo que atrai com seu exemplo e palavra doce. Uma fé viva é uma fé rica em obras que levam, de verdade!, paz e amor aos menos favorecidos, os doentes, os solitários e os abandonados. Uma fé madura e estudada, capaz de responder aos mais difíceis questionamentos históricos e teológicos do mundo, ao mesmo tempo que oferece uma apologética gentil, atraente e bem fundamentada. Uma fé de exemplo de vida e retidão moral. Uma fé de vivência sacramental e doação a Cristo e Sua Igreja. Principalmente na Eucaristia! Uma fé devocional e de carinho com Maria Santíssima, que nos cobre de amor e nos deu tantos avisos amorosos, e os santos de Deus.

Sem isso, nada que possamos fazer vai salvar nossa civilização. Porque, sem Deus, nada podemos! Sem a compreensão e a ação, nós falharemos em cumprir o que Cristo nos ordenou, que é levar a Sua Palavra a todos os povos; amar a Deus sobre todas as coisas; e ao próximo como a nós mesmos. Amar como Ele nos ama!

Rezemos pelas vítimas de tanta violência! Rezemos por uma reação forte e justa do mundo cristão! Rezemos pela intercessão dos santos e mártires da fé! Padre Jacques Hamel, Mártir da Fé, olhai por nós!

Em Cristo, entregue à proteção da Virgem Maria,

um Papista.

4 thoughts on “In odium fidei.

  1. Bento João Abreu

    Texto indispensável e ainda mais atual. Infelizmente, não poderemos conter o avanço bárbaro apenas com orações; e a boa batalha deve também ser realizada no palco ideológico-político. Que Deus nos abençoe.

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    1. Papista Post author

      Amém! Precisamos de toda oração possível, mas também de ação. As duas coisas, infelizmente, andam muito em falta.

      Obrigado! Fique com Deus!

      Abraços!

      Reply
  2. Luiz Afonso

    O Padre Jacques Hamel foi martirizado por muçulmanos comuns, na França, na Igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, em 26 de julho de 2016. O fato não foi lamentado na mídia, como foi o do assassinato dos jornalistas da revista “Charlie Hebdo”, mas os sobreviventes revidaram transformando aquele massacre, numa campanha satírica contra os muçulmanos. Espero que os cristãos saibam se defender e desejo que a religião do ódio não prevaleça sobre nós. Eu sou solidário com o “um Papista”, Sr. Mateus de Castro, pela sua posição em defesa do cristianismo.

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