Fátima para o nosso tempo: Teologia e o triunfo do Imaculado Coração de Maria

By | 12 de maio de 2017

         Muito se especulou sobre o “Terceiro Segredo” de Fátima. Nos rincões mais obscuros da internet, isso se tornou uma verdadeira coqueluche, movimentando radicais tradicionalistas e teóricos da conspiração a acreditar que o segredo transmitido pela Virgem Maria vinha sendo suprimido porque supostamente tratava dos desandos ‘modernistas’ da Igreja. Outra suposição infeliz versava sobre a Igreja não querer assustar o povo com o dramático fim do mundo descrito pelos visionários. Devoções lindas e de enorme importância, como as ensinadas por São Luís de Montfort, foram abusadas e pregadas como quem espalha superstições, sem o devido cuidado e correta teologia como base. Tudo, segundo eles, em preparação para o que o segredo de Fátima revelaria: a ira de Deus se manifestando sobre o mundo moderno perdido etc.

Em sua reflexão do ano 2000 sobre Fátima, o Papa Bento XVI disse: “Uma leitura cuidadosa do chamado “Terceiro Segredo”, publicado em sua totalidade (Nota: os papas demoraram, sim, para revelar todo o segredo. Era preciso um exame cuidados da teologia envolvida para se passar uma mensagem sem erros), provavelmente se provará desapontadora ou surpreendente depois de toda especulação gerada“. O papa falava do que foi descrito no primeiro parágrafo. Depois de tanta especulação, bobagens, acusações, dificilmente o segredo de Fátima satisfaria as expectativas de quem previu as coisas mais estapafúrdias. Para alguns, assim foi. Já é hora de descobrir a verdadeira mensagem e sua linda e fundamental espiritualidade.

Todo esse caso em volta dos segredos serve para demonstrar uma coisa perene: a cautela da Igreja prova que a fé do seu povo é frágil! Assim é descrito nas Escrituras, e assim segue sendo até hoje. Eles querem respostas, e querem agora! Qualquer atraso, quanto mais nos tempos da internet, gera uma torrente de especulações, acusações, e “especialistas” comentando e preparando o povo para o desastre. Quando a resposta vem, por mais bela, edificante e importante que seja, ela é completamente ignorada por quem deveria recebê-la. O milagre mais importante e impressionante, agora e sempre, acontece todos os dias nos altares: a Eucaristia. É o único e definitivo caminho para a salvação. Mas alguns não se contentam com aquilo que, sem compreender ou viver, termina por se tornar banal. Eles precisam de mais, de uma nova revelação, de um espetáculo apocalíptico de condenações etc. Quando vem a mais bela mensagem de conversão, ela não os satisfaz. Isso só pode significar que a Igreja “modernista” deturpou a mensagem! Correto? Claro que não!

Em seu bom senso, o Papa Bento XVI vê por bem explicar aquilo que tanta gente ignora mas mesmo assim palpita: teologia! No caso, algo bem básico, mas que tanta gente ignora. E ignorando, cria toda sorte de problemas. Tratemos de colocar as coisas nos seus devidos lugares.

Revelação pública x revelação privada

O que é a Revelação, e qual é a visão católica sobre as ‘revelações’ trazidas pelas aparições verdadeiras, ou seja, as aprovadas (confirmadas) pela Igreja?

É preciso distinguir os conceitos de Revelação. Existem dois tipos de Revelação, a “Revelação Pública”, e as “revelações privadas”.

A Revelação Pública é a ação reveladora de Deus para toda a humanidade. Ela acontece e se consuma nos eventos contidos na Bíblia, o Antigo e o Novo Testamento. Não é uma questão de revelação intelectual, mas de dar vida a tudo através da Encarnação do Logos divino na pessoa de Jesus Cristo. Em Cristo, toda Revelação se cumpre e consuma. Tudo foi revelado, nada mais é necessário. É a mesma ontem, hoje, e amanhã. Nossa compreensão da Revelação pode crescer, mas nenhuma outra revelação acontecerá. Esse é um critério dogmático para exegese e teologia, quer dizer, tudo o que nós podemos entender como novo na interpretação, só é novo para nós e, mesmo assim, não pode contradizer o que a Igreja já definiu como Doutrina Sagrada. O Catecismo da Igreja Católica (CIC), em suas questões 50-73, trata da Revelação e, se apoiando na sabedoria e experiência de São João da Cruz, ensina:

Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra – e não tem outra – (Deus) disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única e já nada mais tem para dizer. […] Porque o que antes disse parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d’Ele outra realidade ou novidade” (§ 65)

Para além de qualquer dúvida, o católico deve entender que NÃO HAVERÁ OUTRA REVELAÇÃO! Esse é um dogma da fé! O que nos leva à questão das “revelações privadas”.

Tudo já ter sido revelado em Cristo não significa que nós etendemos tudo. Esse é um ponto fundamental. A Palavra de Deus é transmitida via o que chamamos na teologia de “acomodação” e “condescendência divina”. Deus sabe que nós não compreendemos, e não temos como compreender, totalmente Seus Mistérios. Dessa forma, Deus usa uma linguagem que permite ao homem entender o melhor possível, incluindo aí o fato de que homens escreveram os Evangelhos em linguagem acessível. Eles não “psicografaram”. Eles escreveram como seria útil para o homem, mas com a proteção do Espírito Santo para não haver erro. Não é fechado ao homem entender melhor sobre os Mistérios divinos ao longo do tempo. Desde que, voltando ao ponto anterior, ele saiba relacionar essas novas descobertas ao que já foi estabelecido pela Igreja como Doutrina Sagrada. Ou seja, parafraseando um apresentador de TV: nossa compreensão aumenta, mas não inventa!

É nessa compreensão que devemos entender as “revelações privadas” (§ 66 e 67 do CIC).

O que são revelações privadas? São todas as revelações, como as aparições marianas, feitas a indivíduos ou mesmo grupos, depois da Revelação de Deus, aceitas pela Igreja.

Nenhuma revelação privada pode mudar, ou mesmo acrescentar algo à Revelação de Deus em Jesus Cristo. A Revelação já foi cumprida e está completa. Logo, qualquer aparição pode apenas ajudar a entender o que já foi revelado em definitivo por Deus. É uma ajuda, um alento para todos. Podem ser mensagens de esperança ou de alerta. Porém, de acordo com a Sagrada Tradição, nada pode ser dito que altere ou modifique o Depósito da Fé.

Toda aparição de Maria é uma “revelação privada”. Maria vem nos ensinar, alertar para a necessidade de buscar a fé e o amor, e até mesmo indicar perigos no mundo e apontar soluções. Nossa Mãe Santíssima não poderia, por exemplo, trazer novas revelações sobre o fim do mundo. Por novas revelações entenda-se não um alerta, mas fatos que determinam o fim. Tudo o que tinha para ser dito sobre isso já foi dito por Jesus Cristo. Apenas a segunda vinda de Cristo explicará tudo sobre isso. Quanto a como, quando, onde, quem, essas perguntas estão fechadas a nós (Mt 24,36-39).

Da mesma forma, sabemos que Deus não vai destruir o mundo todo, não importa o estado lamentável de pecado dos Seus filhos, que é realmente assustador nos dias de hoje. Sabemos disso porque Deus fez uma Aliança com Noé para nunca mais matar a todos como no dilúvio (Gn 8,21-22). Deus a todos julgará no dia do juízo, não antes. Nenhuma revelação verdadeira poderia dizer o contrário. Nós podemos nos destruir e Deus não nos desviar desse destino como o fez através de Maria na bala que atingiu São João Paulo II em 1981. Ainda assim, isso seria nossa responsabilidade. Esse é o tema geral do segredo. Volto a isso em seguida. Por agora, lembro o parágrafo anterior: nenhuma revelação poderia trazer uma mensagem que contrariasse o que Cristo disse sobre a sua Segunda Vinda.

Desta forma, não é surpresa que o “Terceiro Segredo”, quando finalmente revelado por completo, tenha decepcionado quem acreditava que terríveis condenações viriam, ou mesmo novas revelações. Mais um motivo para a Igreja entender e interpretar corretamente, por quanto tempo for necessário, uma mensagem como essa.

Finalmente, revelações privadas, como as aparições de Maria, encontram lugar de honra na liturgia e/ou na devoção popular, que são origem e lar da “inculturação” da fé (onde a fé encontra raízes). Várias festas litúrgicas foram criadas através dessas devoções vindas de revelações privadas. Não é um lugar menor! Pelo contrário! É o caminho para a salvação. A liturgia, o sacrifício do Cordeiro na missa é o nosso caminho para encontrar o Senhor. A liturgia deve guiar as nossas vidas, e é em consonância com ela que as devoções se tornam gloriosas.

Teologia e significado do segredo de Fátima

O terceiro segredo de Fátima, como entendemos antes, não poderia falar sobre um momento de julgamento divino que não seja o julgamento final. O alerta de Maria é para a conversão dos corações. É a força do amor a Deus que impedirá o homem de sucumbir ao pecado. O anjo com a espada flamejante anuncia o efeito que o pecado tem em nossos corações e, por consequência, no mundo. A luz de Maria Santíssima impedirá nossa queda se acreditarmos em seu Imaculado Coração. O que significa isso? O coração tem um significado teológico importante. Ele representa o centro do homem, onde sua razão, vontade, e sensibilidade convergem para que o homem ali encontre sua unidade e orientação interior. “Imaculado Coração” é a mesma expressão traduzida no Evangelho segundo São Mateus para “Puros de Coração” (Mt 5,8). O Papa Bento XVI ensina que isso significa que a mensagem é sobre cooperar com a Graça Divina para encontrar esse lugar, esse estado do coração em que é possível estar em tal sintonia com Deus a ponto de “vê-lo”, ou seja, viver em Seu amor. A devoção ao Imaculado Coração de Maria, então, é uma atitude de mudança de vida, uma que reflete o “sim” dado por Nossa Senhora a Deus (Lc 1,38), que abre as portas para a nossa salvação. Logo, a simbologia teológica do segredo não é uma nova revelação (que não seria possível), nem algo exterior, mas uma ajuda interior, para cumprir o desejo e a missão de todos: caminhar para a salvação!

Essa é a grande beleza da mensagem de Fátima: O Imaculado Coração de Maria é o símbolo do ‘sim’ ao Senhor! É na pureza de um coração que reflete o Imaculado Coração que encontraremos a resposta aos males do mundo. A resposta começa e termina em Deus, mas ela só pode agir, só podemos com ela cooperar, se tornarmos nossos corações o tanto quanto possível puros, ao exemplo daquela que é o símbolo do amor ao Seu Filho.

Consagração da Rússia

Deus não interfere em nosso livre-arbítrio. Ele não forçaria o homem a nada. Nenhuma consagração poderia mudar o que o homem deseja fazer. A controvérsia sobre a consagração da Rússia é vazia. Em primeiro lugar, porque a consagração foi feita e aceita por Deus, como disse Maria Santíssima para a visionária Lúcia dos Santos. Em segundo lugar, porque o efeito não seria, de qualquer forma, o que alguns esperavam. Não poderia ser o fim do comunismo ou da disseminação completa do pecado e dos erros advindos dessa doutrina maligna. Isso seria uma suspensão do livre-arbítrio, algo contrário à Revelação protegida no Depósito da Fé. Que seja anátema quem assim acredita, pois é contrário à Doutrina Sagrada!

O ponto principal da parte do segredo sobre a consagração da Rússia é o papa!

O papado do século XX (e até os nossos dias) foi possivelmente o mais radiante em beleza e realizações em mais de um milênio. Se, por outro lado, foi uma sucessão de homens de enorme santidade e imensa força para realizações, foi também uma via crucis para todos os papas. Todos encararam de frente as dificuldades do seu tempo e, gostem alguns ou não, foram responsáveis por manter firme, unida, e radiante a Igreja. Respondendo às crises e demandas dos tempos com o brilho da entrega a Deus. Para isso, muito sofrimento foi necessário por parte dos papas. Tanto assistindo as piores guerras e massacres da história, o martírio dos seus filhos sob os piores regimes, ou o sofrimento pessoal. É sobre isso que o segredo fala. “Se a Rússia não for consagrada, ela espalhará seus erros pelo mundo, causando guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados; o Papa sofrerá muito; várias nações serão aniquiladas“. Caso isso fosse feito, teríamos paz. Por um tempo!

Tudo isso aconteceu! A menção ao papa não deve ser interpretada apenas como o caso de São João Paulo II, muito embora o caso dele seja, sim, algo específico entre os segredos. Essa menção é sobre todos os papas, sobre o trono de Pedro, a via crucis enfrentada por eles. O fim da via crucis nunca chega realmente ao fim, porém, o pior momento, o pior século de dor chegou ao fim marcado pela via crucis do homem que talvez tenha tomado para si o pior da dor, São João Paulo II. Sua via dolorosa na saúde não foi apenas uma escolha pessoal, mas o cumprimento do que foi determinado para o século XX por Deus através da revelação privada de Fátima.

Com a consagração aceita, o homem não deixaria (como não deixou) de pecar; os efeitos do comunismo dependem da aceitação de cada um de nós das graças obtidas através de um “coração puro”, um reflexo do Imaculado Coração de Maria. Contudo, é inegável que daí por diante, o papa, o termômetro para o tempo de paz ou via crucis, tem vivido em relativa paz. É sempre temporária, mas ela é um fato. O papado de Bento XVI e de Francisco são papados de uma época diferente, de paz. Graças ao empenho de todos os papas do século XX e de muitos fiéis que aceitaram o desafio de viver buscando um coração puro. Os grandes homens que se sentaram no Trono de Pedro viveram suas dores buscando a pureza de coração necessária para cumprir a vontade de Deus. E assim o fizeram!

Mas se a mensagem falava sobre “todos os bispos”, como poderia a consagração ser eficaz se não reuniram todos ao mesmo tempo?

Isso é, mais uma vez, uma má compreensão da teologia. A doutrina da Igreja não deixa dúvidas. Todos os bispos e sacerdotes estão unidos à Igreja através do Papa! Mais uma vez, a mensagem não pode ser interpretada fora da centralidade do Santo Pontífice, como foi a intenção de Maria. Examinemos as Escrituras para descobrir o que a Revelação nos diz sobre a autoridade da Igreja:

Em ‘Mt 18,18‘, Jesus concede à Igreja, com Pedro seu papa, o poder de “ligar ou desligar” (unir e separar) tudo na terra e nos céus a Deus. Em ‘Jo 20,22-23‘, Jesus sopra o Espírito Santo sobre a comunhão dos apóstolos e concede a eles o poder de, através deles, Deus perdoar os pecados ou não. Pois bem, o papa é o centro e o sinal da comunhão dos apóstolos, o farol da Igreja e o seu líder na terra. Se o papa realiza um ato de consagração, automaticamente, toda a Igreja a realiza. Claro que é bom que todos estejam orando com ele no momento, com os corações voltados a isso como um sinal de amor. Mas o papa juntar quantos bispos ele puder, e ordenar que todos orem pelo ato, como foi feito, é mais do que suficiente. Essa autoridade vem diretamente de Jesus Cristo na Revelação Plena, e não poderia ser retirada ou suspensa para um ato. Maria, que vive a vontade de Deus mais intensamente e verdadeiramente que qualquer outra pessoa, jamais ordenaria algo que fosse contrário à Revelação de Deus. Logo, precisamos entender que o ato de consagração foi suficiente. Assim confirmou a irmã Lúcia, uma das visionárias.

As duas únicas possibilidades de não se acreditar nisso é acreditar que a irmã Lúcia e a Igreja mentiram; ou cair em um literalismo na interpretação do segredo de deixar qualquer fundamentalista com inveja. A primeira possibilidade é anátema, a segunda é burrice.

A vitória do Imaculado Coração de Maria

O Papa Bento XVI, em sua reflexão sobre Fátima, diz que a salvação ser pela fé no Imaculado Coração, essa pureza de coração ensinada por Cristo e exemplarmente vivida por Maria, é uma surpresa para muitos. Essa é uma reflexão franca e verdadeira. Um pouco desconcertante na verdade nela contida. Muitos queriam um outro tipo de espetáculo, com punições e condenações, mas receberam a devoção e a teologia do Imaculado Coração e se decepcionaram. Mesmo recebendo uma das mais lindas e importantes mensagens de amor da história. Essas mesmas pessoas ignoram o poder do nosso exemplo. Contida na verdade da devoção está a verdade revelada que o papa cita usando São Paulo como exemplo. Em diversas oportunidades, São Paulo diz, a exemplo de Cristo: “sede imitadores de mim” (1Cor 4,16; Fl 3,17; 1Ts 1,6; 2Ts 3,7.9). Ao dizer isso ele mostra que ele tem vivido com a pureza de coração que faz dele um exemplo vivo de Cristo a ser seguido. É a isso que a devoção ao Imaculado Coração se refere! É um conforto saber que, mesmo com os nossos pecados, assim como São Paulo, nós podemos chegar a uma pureza de coração digna de ser imitada. Tudo pela Glória de Deus. Essa é a vitória do Imaculado Coração de Maria!

Penitência! Penitência! Penitência!

No terceiro segredo de Fátima, vemos essas palavras serem repetidas. Elas evocam o chamado de Cristo em ‘Mc 1,15’: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Fazei penitência e crede no Evangelho”. “Fazei penitência” é frequentemente traduzido corretamente por “arrependei-vos”, ou mais propriamente “convertei-vos”. Todas essas versões se completam. A mensagem é clara na Revelação Plena do Evangelho, e é relembrada por Maria em Fátima: o homem deve se arrepender dos seus pecados. Se arrependendo, vive em penitência. Em penitência, o homem se converte completamente ao Senhor, vivendo com um coração puro que vê no Imaculado Coração de Maria seu exemplo de amor e fé.

O final do segredo fala do sangue dos mártires. O sangue do martírio, como disse Tertuliano, é a semente da Igreja. O sangue de Cristo na cruz originou a Igreja, e o sangue dos mártires a mantém viva. É o “Theo-drama“, o drama teológico da vida cristã. A mensagem mostra claramente uma coisa: nenhum sofrimento é em vão. Nossa penitência, nosso sofrimento como cristãos, até mesmo no martírio, é pela Glória de Deus, e Ele olha por nós sem cessar. Esse sangue se torna como o de Cristo na Eucaristia, o sangue da Nova Vida. É o sangue do sacrifício renovador.

Conclusão:

Por fim, o Papa Bento XVI nos ensina categoricamente: os eventos específicos descritos em Fátima já são parte do passado (como a via crucis dos papas do século XX e a necessidade da consagração da Rússia). O que fica é a beleza da mensagem de conversão e oração, mais importante e urgente. Depois da Revelação Plena em Cristo, o mal não tem mais a última palavra. Essa mensagem de esperança foi renovada em Fátima. Tudo se cumpriu, e agora nos resta acreditar com ainda mais alegria nas palavras de Jesus em ‘Jo 16,33‘: “No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo“.

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós.

Em Cristo, entregue à proteção da Virgem Maria,

um Papista

2 thoughts on “Fátima para o nosso tempo: Teologia e o triunfo do Imaculado Coração de Maria

  1. Sandro Medeiros

    Desde que descobri seu site, via Senso Incomum, fico ansioso esperando seus artigos. Parabéns por mais um excelente texto e rezo para que o Divino Espírito Santo aja sempre a seu favor na sua obra de evangelização contida nestes artigos.

    Que Deus o abençoe!

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    1. Papista Post author

      Muito obrigado pelas palavras. Amém! Que o Espírito Santo olhe por todos nós nessa caminhada.

      Enquanto os artigos não saem, convido a você e a todos a seguir minha página no Facebook, onde eu posto comentários à Sagrada Liturgia, recomendações de livros, e muito mais.

      http://www.facebook.com/umpapista

      Fique com Deus! Abraços!

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